Brasileiro:
senhor volante*
Postado dia 29/Mar/2011 - terça-feira
por Andrea Araújo
Roberto da Matta na Assembleia Legislativa do CE.
As relações de poder que
existem desde a época do império no Brasil, ainda fazem parte do nosso
cotidiano, como por exemplo, no trânsito. “O homem se projeta no carro”, é isso
que defendeu Roberto da Matta, sociólogo, no último dia 28, na Assembleia
Legislativa do CE.
O problema não é a relação do veículo com a rua que ele trafega, se há espaço ou não para isso, mas sim o modo “maldoso, safado e aristocrático de dirigir”. O seu livro Fé em Deus e Pé na Tábua: Ou Como e Por que o Trânsito Enlouquece no Brasil “tem como objetivo compreender essa postura de sistemática ignorância ou desobediência para com as normas mais simples, mais racionais e mais rotineiras”.
Da Matta desfila sua ira e explica que o desconforto é cultural, pois o motorista, ou mesmo o pedestre, está fora daquele círculo conhecido e familiar e no trânsito tem que conviver com pessoas diferentes. Destaca ainda que a desobediência é equivalente a se sentir inferior, pois se o indivíduo pode desobedecer decerto ele tem poder para isso.
Defende o uso das bicicletas, dos metrôs e dos transportes públicos, mesmo sabendo da revolução cultural que isso implica. “Não há nem lirismo nem epifania histórica, o mundo se constrói todo dia e as mudanças são feitas aos poucos”, ressalta. Entendendo que o problema central do trânsito é tornar a rua um espaço igualitário, ele finaliza fazendo um apelo legítimo: “para enfrentar certos problemas temos que entender quem somos”.
O problema não é a relação do veículo com a rua que ele trafega, se há espaço ou não para isso, mas sim o modo “maldoso, safado e aristocrático de dirigir”. O seu livro Fé em Deus e Pé na Tábua: Ou Como e Por que o Trânsito Enlouquece no Brasil “tem como objetivo compreender essa postura de sistemática ignorância ou desobediência para com as normas mais simples, mais racionais e mais rotineiras”.
Da Matta desfila sua ira e explica que o desconforto é cultural, pois o motorista, ou mesmo o pedestre, está fora daquele círculo conhecido e familiar e no trânsito tem que conviver com pessoas diferentes. Destaca ainda que a desobediência é equivalente a se sentir inferior, pois se o indivíduo pode desobedecer decerto ele tem poder para isso.
Defende o uso das bicicletas, dos metrôs e dos transportes públicos, mesmo sabendo da revolução cultural que isso implica. “Não há nem lirismo nem epifania histórica, o mundo se constrói todo dia e as mudanças são feitas aos poucos”, ressalta. Entendendo que o problema central do trânsito é tornar a rua um espaço igualitário, ele finaliza fazendo um apelo legítimo: “para enfrentar certos problemas temos que entender quem somos”.
Serviço:
Fé em Deus e Pé na Tábua - Ou Como e Por que o Trânsito Enlouquece no Brasil, de Roberto DaMatta, editora Rocco, 129 páginas
Preço médio: R$ 25,00
Sobre o Senhor Volante, citado no título:
Fé em Deus e Pé na Tábua - Ou Como e Por que o Trânsito Enlouquece no Brasil, de Roberto DaMatta, editora Rocco, 129 páginas
Preço médio: R$ 25,00
Sobre o Senhor Volante, citado no título:
Letras em prol das Mulheres.
Postado dia 10/Mar/2011 - quinta-feira
por Marcela Marvel
clique e confira o twitter do artista.
Ainda no espirito do dia internacional da mulher, o superurbanos tem o
prazer de informar o lançamento do DVD do cantor, compositor e repentista
cearense, Tião Simpatia.
Sua obra intitulada ‘Mulher de Lei’ vem reforçar a campanha para o fim da violência contra a mulher e visa o fortalecimento na divulgação da Lei Maria da Penha.
Você deve estar se perguntando, mas esse espaço aqui não é dedicado à literatura? É verdade. Mas esse artista conseguiu reunir duas artes em um só trabalho, a literatura de cordel e a música popular.
O músico desempenha um trabalho social ao lado da própria Maria da Penha, levando os artigos da lei sob forma de cordel cantado para as comunidades.
Sua obra intitulada ‘Mulher de Lei’ vem reforçar a campanha para o fim da violência contra a mulher e visa o fortalecimento na divulgação da Lei Maria da Penha.
Você deve estar se perguntando, mas esse espaço aqui não é dedicado à literatura? É verdade. Mas esse artista conseguiu reunir duas artes em um só trabalho, a literatura de cordel e a música popular.
O músico desempenha um trabalho social ao lado da própria Maria da Penha, levando os artigos da lei sob forma de cordel cantado para as comunidades.
Confira um pedacinho do
cordel de Tião Simpatia:
“ A mulher, antes da lei existir.
Apanhava e a justiça não tinha como punir,
ele voltava pra casa e tornava a agredir.
Com a lei é diferente, é crime inaceitável.
Se bater vai pra cadeia, agressão é intolerável.
O estado protege a vítima e depois pune o responsável “
“ A mulher, antes da lei existir.
Apanhava e a justiça não tinha como punir,
ele voltava pra casa e tornava a agredir.
Com a lei é diferente, é crime inaceitável.
Se bater vai pra cadeia, agressão é intolerável.
O estado protege a vítima e depois pune o responsável “
E ai? gostou do projeto? quer dar uma conferida? Anota nosso serviço então.
Serviço:
Dia: 16 de março
Hora: 19h30
Onde: Teatro Dragão do Mar.
Acesso livre.
Até a próxima.
